Em 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego registrou 724.228 acidentes de trabalho no Brasil. Esse número reforça a urgência da prevenção de acidentes dentro das empresas, tanto para proteger vidas quanto para evitar custos com afastamentos, processos judiciais e queda de produtividade.

Neste artigo, vamos explorar estratégias de prevenção de acidentes, quais são os tipos mais comuns de ocorrências no trabalho, de que forma podem ser evitadas e como os recursos digitais já estão ajudando empresas a monitorar e reduzir incidentes no dia a dia.

Por que a prevenção de acidentes é crucial para empresas?

Quando um acidente acontece, o efeito é imediato: interrupção de tarefas, atendimento médico e, muitas vezes, afastamento do colaborador. Mas as consequências não param aí. 

Custos adicionais com horas paradas, substituições emergenciais e pagamento de benefícios acabam pesando no caixa da empresa. Em casos mais graves, processos trabalhistas e indenizações podem gerar despesas que se estendem por anos.

No aspecto humano, a dimensão é ainda mais sensível. O trabalhador lesionado enfrenta não apenas dor física, mas também incertezas sobre sua recuperação e futuro profissional. 

Ao mesmo tempo, colegas de equipe se veem diante de um ambiente de insegurança, o que abala a motivação e o clima organizacional. Esse efeito cascata muitas vezes é subestimado, mas influencia diretamente na produtividade diária.

A prevenção também tem uma faceta estratégica. Empresas que estruturam bem suas práticas de segurança conseguem reduzir taxas de absenteísmo, manter equipes mais engajadas e transmitir confiança para clientes, fornecedores e investidores. 

Uma gestão que demonstra cuidado com a integridade das pessoas fortalece a reputação da marca e se destaca como empregadora de referência em seu setor.

Quer reduzir riscos e manter a conformidade em dia? Conheça como a SSTHub pode integrar inspeções, treinamentos e gestão de EPCs em um único sistema.

Quais são os principais tipos de acidentes no trabalho e como evitá-los?

Os acidentes de trabalho mudam conforme o setor, mas existem ocorrências que se repetem em diferentes contextos. Veja os mais comuns e como preveni-los.

Quedas em altura e em nível

Muito frequentes na construção civil e em áreas industriais, as quedas continuam sendo uma das principais causas de afastamento. Para preveni-las, é essencial instalar guarda-corpos, manter sinalizações visíveis e adotar sistemas de linha de vida sempre que houver risco de trabalho em altura, conforme exige a NR-35.

Acidentes com máquinas e equipamentos

Esse tipo de ocorrência geralmente está ligado à falta de enclausuramento, ausência de bloqueios adequados ou falha na manutenção. A NR-12 estabelece que máquinas tenham dispositivos de parada de emergência, proteções fixas e sistemas de intertravamento, medidas que reduzem significativamente o risco de acidentes graves.

Exposição a agentes químicos ou biológicos

Ambientes hospitalares, laboratórios e indústrias químicas estão entre os mais expostos a esse tipo de risco. A prevenção passa pela ventilação adequada, contenção e descarte seguro de resíduos, além do uso de EPCs específicos, como cabines de segurança biológica e sistemas de exaustão local.

Choques elétricos

Presentes em setores de manutenção, obras e energia, os choques elétricos exigem protocolos rígidos. O bloqueio elétrico, a sinalização de áreas energizadas e o cumprimento das exigências da NR-10 são medidas indispensáveis para preservar vidas e evitar incidentes fatais.

Acidentes de trajeto

Mesmo fora do ambiente interno, os deslocamentos casa-trabalho representam parcela relevante dos acidentes notificados, chegando a quase 25% dos registros oficiais. Políticas de transporte corporativo, campanhas internas de trânsito seguro e incentivo ao uso de meios de transporte mais seguros ajudam a reduzir esses índices.

Como integrar PPRA, PGR e mapa de riscos na prevenção

Durante anos, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) foi a principal ferramenta de gestão. Hoje, ele foi substituído pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que traz uma abordagem mais ampla e integrada.

O PGR obriga a empresa a identificar perigos, avaliar riscos e implementar medidas de controle. Dentro desse processo, o mapa de riscos permanece como um recurso essencial para comunicar perigos de forma visual e acessível.

A integração prática funciona assim:

  • O PGR identifica e classifica riscos.
  • O mapa de riscos traduz essas informações em linguagem visual para toda a equipe.
  • O PCMSO acompanha a saúde dos trabalhadores, garantindo exames e monitoramentos alinhados ao que foi identificado no PGR.

Essa integração evita que documentos fiquem apenas no papel e cria um ciclo contínuo de prevenção.

Indicadores de segurança: como avaliar se a prevenção funciona

Depois de implementar medidas de prevenção, a empresa precisa acompanhar se elas trazem os resultados esperados. É por meio dos indicadores de SST que esse acompanhamento se torna possível.

A Taxa de Frequência, por exemplo, mostra quantos acidentes aconteceram em relação às horas de exposição ao risco. Já a Taxa de Gravidade mede o impacto dos afastamentos, revelando quanto tempo de trabalho foi perdido. 

Esses dois índices, calculados a partir de fórmulas estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda são referência no Brasil.

Além deles, outras métricas vêm ganhando espaço, como o número de quase-acidentes reportados, a quantidade de inspeções realizadas dentro do prazo e o percentual de treinamentos concluídos pelos colaboradores. 

Quando avaliados em conjunto, esses dados ajudam a entender onde estão os pontos fortes da gestão e onde é preciso reforçar ações.

Com relatórios claros, a empresa consegue mostrar evolução em auditorias, atender exigências legais e, principalmente, agir de forma preventiva.

O papel dos EPCs e treinamentos na segurança

Os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) têm prioridade sobre os EPIs, porque atuam sobre o ambiente e não apenas sobre o indivíduo. Extintores, grades, sistemas de ventilação e bloqueios elétricos são exemplos de medidas que beneficiam todos ao mesmo tempo.

A NR-12, a NR-23, a NR-26 e a NR-35 são algumas das normas que exigem EPCs em contextos específicos. Mas tão importante quanto instalá-los é garantir manutenção regular e inspeções documentadas.

De nada adianta ter EPCs disponíveis se os trabalhadores não souberem como agir em situações de emergência. É por isso que os treinamentos periódicos são indispensáveis. Simulações práticas, palestras de segurança e exercícios de evacuação criam reflexos que podem salvar vidas.

Com a SSTHub, sua empresa pode registrar treinamentos, controlar inspeções e ter todo o histórico de EPCs em relatórios prontos para auditorias. Conheça agora.

Case de sucesso em prevenção de acidentes

Em Londrina (PR), uma empresa do setor metalúrgico conseguiu reduzir significativamente os acidentes de trabalho sem depender apenas de equipamentos ou mudanças estruturais. O grande diferencial foi o fortalecimento da cultura de segurança.

O estudo “Gestão da cultura de segurança do trabalho: estudo de caso de uma indústria metalúrgica” de Tatiana Dal’igna e Silvana Rodrigues Quintilhano, da UTFPR, avaliam como conscientização, envolvimento da liderança e comunicação fortaleceram a cultura de segurança.

A gestão passou a se envolver mais de perto no tema, garantindo que as orientações não ficassem restritas ao setor de SST, mas se tornassem prioridade em todas as áreas. Campanhas internas, diálogos frequentes com os colaboradores e programas de conscientização ajudaram a criar uma mentalidade preventiva no chão de fábrica.

A comunicação também teve papel central: sinalizações claras, feedbacks constantes e a abertura de canais para que os próprios trabalhadores relatassem riscos contribuíram para aumentar a percepção de segurança.

Esse exemplo mostra que prevenção não depende apenas de normas ou investimentos em tecnologia, mas também de engajamento humano. Quando a equipe entende o valor da segurança e a liderança dá o exemplo, o resultado é um ambiente mais protegido e produtivo.

Estratégias digitais para monitorar e reduzir acidentes

A gestão manual da segurança aumenta o risco de falhas. Com papéis e planilhas, é fácil perder prazos de manutenção, esquecer inspeções ou não registrar corretamente treinamentos. E no cenário atual, em que o eSocial SST cruza dados em tempo real, esses erros podem gerar multas automáticas.

As plataformas digitais revolucionaram esse processo. Com sistemas como o da SSTHub, a empresa consegue:

  • Centralizar todos os registros em um só ambiente;
  • Receber alertas automáticos sobre prazos de inspeções, manutenções e treinamentos;
  • Gerar relatórios completos em segundos;
  • Facilitar auditorias e fiscalizações, com evidências documentadas e organizadas.

Essa rastreabilidade reduz o risco de multas e ainda traz mais segurança para o trabalho do RH e da equipe de SST. Para o colaborador, representa clareza no acesso às informações e a certeza de que a empresa está realmente comprometida em cuidar da sua proteção.

Tecnologia e cultura lado a lado na prevenção

A prevenção de acidentes deve ser vista como um investimento contínuo. Quando PGR, mapa de riscos, EPCs e treinamentos caminham juntos, a empresa reduz incidentes, evita custos inesperados e fortalece sua imagem perante clientes, colaboradores e investidores.

Mas para que isso funcione, é essencial contar com processos organizados. É aí que a tecnologia faz toda a diferença.

Com a SSTHub, sua empresa pode integrar tudo em uma única plataforma: controle de EPCs, inspeções, treinamentos, relatórios completos e integração com o eSocial. O resultado é mais segurança jurídica, menos riscos e uma gestão muito mais eficiente.

Entre em contato e descubra como a SSTHub pode apoiar a sua empresa na prevenção de acidentes.