Gestão de riscos é uma das maiores prioridades para clínicas ocupacionais, consultorias de SST e empresas com SESMT próprio. Saber reconhecer e tratar perigos no dia a dia faz muita diferença para a segurança da equipe e até para os resultados do negócio. 

Grandes números mostram a dimensão do problema: dados do Ministério da Previdência Social apontam que, em 2023, o Brasil teve um salto para 732,8 mil acidentes de trabalho, uma alta de quase 12% em relação a 2022.

Por isso, quem atua com Segurança e Saúde do Trabalho encontra um desafio recorrente: controlar os riscos, reduzir acidentes e cumprir as exigências legais, como o PGR, PPRA e o mapa de riscos.

Neste artigo, veja:

  • O que significa gerenciar perigos e como isso faz diferença
  • Principais tipos de ameaças nos ambientes de trabalho
  • Como integrar PGR, PPRA e mapas de riscos sem complicação
  • Como a tecnologia, como o SSTHub, apoia o controle eficiente
  • Exemplos práticos, números reais e dicas que funcionam

Entenda por que essas práticas salvam vidas, protegem empresas de multas e evitam que acidentes se repitam, mesmo nos setores mais críticos do país.

O que é gestão de riscos e por que ela é vital?

Empresas que adotam processos claros de avaliação e controle de riscos criam uma cultura mais segura e transparente. De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2021, políticas de controle ajudaram o Brasil a reduzir mais de 25% dos acidentes de trabalho entre 2011 e 2021, caindo de 720.629 para 536.174 casos.

A gestão de perigos no contexto ocupacional envolve detectar tudo o que pode causar acidentes ou doenças, sejam causas físicas, químicas, biológicas, psicossociais ou até pequenas falhas nos processos. Isso vale desde uma máquina sem proteção até a iluminação inadequada.

Além disso, novas normas tornaram ainda mais abrangente o que se espera das empresas. Desde maio de 2025, regulamentos de SST exigem a inclusão da avaliação de riscos psicossociais, como estresse e burnout, o que traz outro nível de complexidade para quem atua no setor.

Tipos de riscos no ambiente de trabalho

A variedade de fatores perigosos pode surpreender até quem já tem experiência em SST. Entre os principais, destacam-se:

  • Riscos físicos: ruído, calor, frio, radiações, vibração, pressão anormal.
  • Riscos químicos: poeiras, gases, vapores, névoas, fumos e líquidos tóxicos.
  • Riscos biológicos: vírus, bactérias, fungos, parasitas.
  • Riscos ergonômicos: postura inadequada, movimentos repetitivos, esforço físico excessivo. Um estudo em Fortaleza-CE comprovou que esses são os mais frequentes nesse segmento
  • Riscos psicossociais: pressão por metas, jornadas excessivas, falta de apoio e assédio moral.
  • Riscos de acidentes (mecânicos): máquinas sem proteção, quedas, cortes e choques.

Como integrar PGR, PPRA e mapa de riscos na prática

Para que a prevenção funcione, a empresa organiza seus controles por meio de três grandes instrumentos:

  • PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos): Obriga cada empregador a identificar, avaliar e neutralizar situações de perigo no ambiente de trabalho.
  • PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais): Enfoque principal nos riscos ambientais, como agentes químicos e físicos.
  • Mapa de riscos: Representação visual em planta baixa, mostrando onde estão localizados os perigos.

Cada programa tem sua função. Mas é na integração entre eles que as coisas realmente funcionam:

  • O PGR orienta as ações estratégicas: o que deve ser feito, por quê e com que prioridade.
  • O PPRA detalha como controlar especificamente as ameaças ambientais encontradas.
  • O mapa de riscos permite que qualquer colaborador visualize imediatamente onde há perigo, sem burocracia.

Na prática, a integração facilita decisões rápidas e cumpre obrigações como o envio de dados ao eSocial.

O SSTHub, por exemplo, centraliza laudos, programas e relatórios, permitindo que empresas e clínicas mantenham tudo atualizado em um só lugar, reduzindo até o risco de envio inadequado para o eSocial.

Ferramentas digitais para monitoramento de riscos

Ferramentas digitais expandiram o potencial de controle no ambiente ocupacional. Com software de gestão especializada, como a plataforma do SSTHub, é possível:

  • Automatizar o registro e acompanhamento dos perigos
  • Criar alertas inteligentes para renovar laudos ou programar treinamentos
  • Cumprir exigências legais sem correr risco de perder prazos
  • Gerar relatórios detalhados para auditorias e órgãos fiscalizadores

Além disso, plataformas otimizadas conseguem cruzar dados de exames, atestados e treinamentos, identificando padrões e antecipando situações perigosas. Um sistema bem parametrizado pode até sugerir medidas adicionais de prevenção, baseando-se em indicadores atualizados.

Resultados, exemplos reais e responsabilidade legal

A experiência mostra que integrar processos e investir em tecnologia reduz acidentes em pouco tempo. Segundo o relatório nacional de saúde e segurança, a implantação de programas coordenados (incluindo análise de riscos e uso de ferramentas digitais) foi o principal fator para a queda de 25,6% nos acidentes em uma década.

Uma empresa de mineração, por exemplo, relatou queda de 60% nos acidentes após centralizar a análise dos perigos no setor de produção e acelerar treinamentos obrigatórios, alinhados ao PGR e ao mapa de riscos. 

Em indústria alimentícia, a atualização constante de relatórios no sistema permitiu antecipar problemas ergonômicos, evitando afastamentos. Os principais indicadores analisados geralmente são:

  • Número de acidentes com afastamento
  • Exposição repetida ao mesmo fator de perigo
  • Avaliações médicas periódicas identificando agravamento de sintomas
  • Relatórios de absenteísmo atrelados a regiões críticas do ambiente

Além dos ganhos em segurança, empresas atentas evitam autuações, já que manter o PGR, o PPRA e atualizações no eSocial é responsabilidade legal inquestionável.

O Ministério do Trabalho destaca, no seu último levantamento, que jovens até 34 anos compõem 33,63% das vítimas fatais em acidentes típicos. Isso só reforça que o investimento em ações integradas de prevenção e o uso de sistemas digitais completos, como o SSTHub, fazem grande diferença.

Conhecer e aplicar uma gestão eficiente de riscos permite não apenas reduzir acidentes, mas transformar a cultura organizacional.

Manter práticas consistentes de gestão de riscos, aliadas à tecnologia, integração de programas e à adesão às novas exigências legais, se mostra o caminho mais seguro para preservar vidas, reduzir custos e fortalecer as empresas brasileiras. 

Ao identificar, classificar e agir sobre cada perigo, as empresas constroem ambientes mais saudáveis, produtivos e protegidos de penalidades.

Quer dar o próximo passo e transformar os resultados da sua empresa? Agende uma consultoria de PGR personalizada conosco e descubra como o SSTHub pode ajudar sua equipe a aplicar a melhor gestão de riscos na prática.

Perguntas frequentes sobre gestão de riscos na SST

O que é gestão de riscos na segurança?

Gestão de riscos na segurança do trabalho significa identificar, avaliar e controlar perigos que podem causar acidentes ou doenças ocupacionais. Esse processo envolve mapear riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, psicossociais e de acidentes, implementando medidas para evitar danos à saúde do colaborador e prejuízos à empresa.

Como aplicar gestão de riscos no trabalho?

A aplicação começa pela análise detalhada do ambiente, identificando fontes de perigo. Depois, classifica-se cada risco por probabilidade e impacto, implementam-se controles (como EPIs, treinamentos e melhorias ambientais) e monitoram-se os resultados. O uso de sistemas digitais, como o SSTHub, simplifica o acompanhamento e evita falhas ao centralizar informações essenciais.

Quais os benefícios da gestão de riscos?

Redução expressiva nos acidentes de trabalho, menos afastamentos por doença, cultura de prevenção ativa e menos gastos com multas e processos trabalhistas. Além disso, manter programas como PGR, PPRA e mapas de risco atualizados aumenta a segurança jurídica e a credibilidade do negócio.

Quais são as etapas da gestão de riscos?

As etapas clássicas da gestão de riscos são:

  • Identificação dos perigos
  • Análise e avaliação de cada risco
  • Definição e implementação de medidas preventivas
  • Monitoramento e revisão contínua dos controles

Esses passos devem envolver toda a equipe e contar com apoio de recursos tecnológicos para garantir a eficácia.

Como identificar perigos no ambiente de trabalho?

Observar atentamente o local, conversar com funcionários, analisar registros de acidentes e doenças, além de conduzir inspeções sistemáticas com apoio de mapas de risco e checklists. Consultar dados anteriores e contar com especialistas aumenta a precisão na detecção desses perigos que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia.