Uncategorized
O que é GRO e qual sua importância para a empresa

Entender o que é GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) é essencial para empresas que buscam mais segurança e controle sobre a saúde dos trabalhadores.
Previsto na nova redação da NR-1, o GRO é um processo contínuo que organiza de forma estruturada as ações de prevenção e monitoramento dos riscos no ambiente de trabalho.
Ao longo deste conteúdo, vamos explorar como ele funciona na prática, sua importância dentro da rotina ocupacional, a composição dos documentos exigidos, os limites do gerenciamento manual e o papel dos sistemas digitais para garantir mais agilidade e eficiência.
Neste artigo, você vai ver:
- O que é GRO e onde ele está previsto?
- Qual a diferença entre GRO e PGR?
- Como o GRO contribui para a prevenção de acidentes?
- O que deve conter em um GRO bem estruturado?
- Quais são os principais desafios no controle manual?
- Como automatizar o gerenciamento de riscos ocupacionais?
O que é GRO e onde ele está previsto?
A NR‑1, atualizada em janeiro de 2022, instituiu o GRO como obrigatoriedade para empresas com empregados regidos pela CLT. Segundo o item 1.5.3.1, o GRO deve ser aplicado por estabelecimento, e consiste na base para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), documento que formaliza toda gestão do processo. Ou seja: o GRO é o processo; o PGR é o documento que registra esse processo.
Qual a diferença entre GRO e PGR?
Embora estejam intimamente ligados, GRO e PGR não são sinônimos e entender essa diferença é fundamental para aplicar corretamente as exigências da NR-1.
Para entender a distinção entre eles, é preciso primeiro entender o que é GRO. O GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) é o processo contínuo e estratégico que orienta toda a gestão de riscos dentro de uma organização. Ele envolve etapas como:
- identificação dos perigos;
- avaliação da exposição e da severidade dos riscos;
- definição de medidas de controle;
- monitoramento da eficácia dessas medidas;
- revisão periódica das estratégias adotadas.
Ou seja, o GRO funciona como a espinha dorsal da prevenção nas empresas, uma prática viva, que se adapta conforme o ambiente de trabalho muda, novos processos são implementados ou surgem novas informações sobre os riscos existentes.
Já o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) é o documento que formaliza e organiza as ações definidas no GRO. É nele que a empresa registra, de forma estruturada o inventário de riscos ocupacionais, que detalha os perigos identificados em cada ambiente, seus agentes, causas prováveis, possíveis consequências e os trabalhadores expostos e o plano de ação, com as medidas preventivas a serem adotadas, os responsáveis por cada etapa e os prazos de execução.
Na prática, o PGR é uma fotografia do momento atual da gestão de riscos da empresa, uma ferramenta de controle e comunicação que precisa estar sempre atualizada e acessível para auditorias, fiscalizações, SESMT, CIPA e outros envolvidos.
Essa estrutura substitui o antigo PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), que estava previsto na NR-9. A principal limitação do PPRA era seu foco restrito a agentes físicos, químicos e biológicos, deixando de fora riscos igualmente relevantes, como:
- riscos ergonômicos, ligados à postura, repetitividade e esforço físico;
- riscos de acidentes, como choques elétricos, quedas e cortes;
- riscos psicossociais, como estresse ocupacional, assédio e sobrecarga mental.
Com o GRO/PGR, a abordagem passou a ser mais integrada, moderna e completa, alinhada ao que se espera hoje em termos de cultura de segurança e bem-estar nas empresas.
Além disso, a implementação do GRO deve seguir o ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar, Agir) — uma metodologia de melhoria contínua que ajuda a transformar a gestão de riscos em um processo ativo e monitorável.
A revisão do PGR deve ser feita pelo menos a cada dois anos, ou sempre que houver modificações relevantes nas atividades, processos, ambientes ou equipamentos.
Em outras palavras, o GRO é o processo de gestão dos riscos e o PGR é o documento que registra esse processo.
Ambos são obrigatórios e complementares e a forma como são conduzidos define o nível de segurança, prevenção e conformidade legal da empresa.
Como o GRO contribui para a prevenção de acidentes?
Mais que entender o que é GRO, é preciso compreender como ele contribui para prevenção de acidentes.
Quando bem implementado, o GRO ajuda a criar ambientes mais seguros, reduz passivos trabalhistas e protege a integridade física e mental dos trabalhadores. Veja como ele atua na prática:
- Identificação proativa de perigos: o primeiro passo do GRO é mapear sistematicamente os perigos existentes no ambiente de trabalho. Isso inclui agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, levando em conta as características do ambiente, os processos operacionais e o perfil dos trabalhadores expostos.
- Avaliação técnica e priorização dos riscos: com os perigos identificados, o próximo passo é avaliar a probabilidade e a severidade dos possíveis danos, utilizando matrizes de risco, ferramentas técnicas e análises como medição de ruído, ergonomia, calor, vibração ou exposição a substâncias químicas. Essa análise é essencial para estabelecer prioridades de ação com base em critérios objetivos.
- Controle estruturado e hierarquizado: o GRO segue uma hierarquia de controle, priorizando ações que eliminem ou reduzam o risco na fonte. Sempre que possível, adotam-se medidas como eliminação ou substituição do agente de risco, além de barreiras físicas ou controles de engenharia. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é aplicado somente como última medida, reforçando a ideia de que a proteção deve vir do ambiente, e não apenas do trabalhador.
- Monitoramento constante e revisão periódica: o GRO exige uma gestão ativa e atualizada, com o uso de indicadores, checklists, inspeções regulares e canais de feedback com os trabalhadores. A ideia é avaliar continuamente se as ações de controle estão funcionando e promover ajustes sempre que houver mudanças no ambiente ou nos processos.
Ao atuar de forma integrada nessas etapas, o GRO contribui diretamente para:
- Redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais;
- Diminuição de afastamentos e impactos na produtividade;
- Menor exposição a passivos legais e indenizações trabalhistas;
- Fortalecimento da cultura de prevenção e bem-estar no ambiente corporativo.
Essencialmente, o GRO é uma ferramenta viva e estratégica para empresas que desejam manter a conformidade legal, proteger seus colaboradores e otimizar sua operação com base em uma cultura de segurança estruturada e sustentável.
O que deve conter em um GRO bem estruturado?
O PGR — consequência obrigatória do GRO — deve conter:
- Inventário de Riscos Ocupacionais
- Descrição dos perigos e possíveis lesões;
- Fontes e circunstâncias dos riscos;
- Grupos de trabalhadores expostos e características do ambiente de trabalho;
- Avaliações técnicas e dados ergonômicos.
- Plano de Ação
- Medidas de prevenção: eliminar, mitigar ou controlar;
- Responsáveis e prazos definidos;
- Monitoramento continuado e revisão periódica (mínimo bienal ou conforme alteração nas condições).
- Ferramentas de apoio
- Procedimentos formais de resposta a emergências e análise de eventos perigosos;
- Documentação acessível e atualizada, disponível aos trabalhadores, CIPA, sindicatos e Inspeção do Trabalho.
Integra-se também com outros programas obrigatórios como PCMSO (NR-7) e análises ergonômicas da NR-17.
Quais são os principais desafios no controle manual?
Embora o GRO seja essencial para a prevenção de riscos nas empresas, sua gestão ainda é feita de forma manual por muitas organizações — especialmente aquelas que não contam com um sistema digital integrado.
Esse modelo tradicional, baseado em planilhas, documentos físicos e processos fragmentados, apresenta diversos desafios que comprometem a eficiência do gerenciamento de riscos e aumentam a exposição a falhas operacionais e legais. A seguir, listamos os principais obstáculos enfrentados por quem ainda não digitalizou essa rotina.
- Processos burocráticos e repetitivos, consumindo tempo e recursos.
- Alta probabilidade de falhas e omissões, como riscos não mapeados ou planos de ação desatualizados.
- Dificuldade de manter a rastreabilidade histórica, essencial para auditorias e comprovação legal (manter dados por até 20 anos).
- Retrabalho constante, sempre que há mudanças nos processos ou descoberta de novos riscos.
- Dificuldade de integração com outras áreas, como exames, treinamentos e documentação.
Esses fatores reduzem a eficácia do GRO e prejudicam a cultura de prevenção na empresa.
Como automatizar o gerenciamento de riscos ocupacionais?
Quando se entende de fato o que é GRO e como ele funciona na prática, fica evidente que o gerenciamento manual acaba limitando o potencial da prevenção. Planilhas, arquivos soltos e processos fragmentados não oferecem a rastreabilidade, a agilidade e a segurança que o gerenciamento de riscos exige hoje.
A automatização, por meio de sistemas SaaS como o da SSThub, resolve justamente esses pontos críticos.
Um dos principais ganhos é o inventário digital e sempre atualizado. Nele, os registros de perigos, classificações de riscos e grupos expostos ficam centralizados, com histórico de versões mantido conforme as exigências legais. Essa estrutura facilita muito na hora de revisar ou consultar dados, além de reduzir o retrabalho.
Os planos de ação também se tornam mais objetivos. É possível definir prazos, responsáveis e receber alertas automáticos para acompanhar o andamento das medidas preventivas. A visualização em tempo real, por meio de dashboards e indicadores, ajuda na tomada de decisão e no acompanhamento da eficácia das ações.
Outro diferencial da automatização está na integração com outras rotinas da SST, como exames do PCMSO, treinamentos e laudos técnicos. Essas conexões tornam a atualização do PGR muito mais dinâmica, especialmente quando há mudanças no ambiente de trabalho ou nos riscos identificados.
Além disso, os sistemas possibilitam a geração automática de relatórios para auditorias internas ou fiscalização, reunindo todas as evidências documentais de forma organizada e acessível. Isso elimina a correria de última hora para montar pastas ou comprovar ações de controle.
Por fim, o uso de ferramentas digitais permite adotar o ciclo PDCA com muito mais eficiência. Com dados reais alimentando o sistema, é possível planejar, executar, verificar e agir de forma mais ágil, estruturada e mensurável, fortalecendo o ciclo contínuo de melhorias que é a base do GRO.
Conforme previsto na NR-1 (2022), o GRO representa uma virada na forma de encarar a segurança ocupacional no Brasil. Saber o que é GRO e como ele pode ser automatizado é o primeiro passo para transformar o que antes era burocracia em um processo vivo, integrado e eficaz.
GRO como ferramenta de prevenção inteligente
Implementar o GRO de forma real e contínua vai além de preencher documentos ou seguir normas. É sobre olhar para o ambiente de trabalho com atenção, corrigir o que precisa ser corrigido e antecipar problemas antes que eles aconteçam.
Quando essa gestão deixa de ser feita de forma manual e passa a contar com apoio de sistemas especializados, tudo fica mais claro, acessível e confiável.
Quer entender como isso pode funcionar no dia a dia da sua empresa? Entre em contato com nossa equipe e descubra como tornar o GRO mais simples de aplicar, sem perder nada do que realmente importa: a segurança de quem trabalha com você.