SST
Quais são as NRs mais importantes na rotina da segurança do trabalho?

No dia a dia de clínicas ocupacionais, assessorias em SST e empresas com SESMT próprio, seguir as Normas Regulamentadoras é uma obrigação legal e um dos pilares para garantir um ambiente de trabalho seguro e em conformidade. Mas entre dezenas de normas, você sabe quais as NR’s mais importantes para a rotina da segurança do trabalho?
Neste artigo, vamos explicar o que são as NRs, por que é fundamental conhecê-las e destacar as quatro que mais impactam o dia a dia das empresas e outras que merecem a sua atenção. Também vamos mostrar como a tecnologia facilita o cumprimento dessas exigências.
Neste artigo, você vai ver:
- O que são as Normas Regulamentadoras (NRs)?
- Por que é importante conhecer as principais NRs?
- NR-1: disposições gerais e GRO/PGR
- NR-7: exames médicos ocupacionais e ASO
- NR-9: avaliação de agentes ambientais
- NR-17: ergonomia no trabalho
- Como manter o cumprimento das NRs com tecnologia?
O que são as Normas Regulamentadoras (NRs)?
As Normas Regulamentadoras (NRs) são um conjunto de diretrizes legais estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com o objetivo de preservar a segurança e a saúde dos trabalhadores em todo o território nacional.
Essas normas determinam os procedimentos obrigatórios que empregadores e empregados devem seguir para garantir condições adequadas de trabalho. Elas vão desde exigências administrativas e médicas até diretrizes técnicas sobre o ambiente e as atividades exercidas.
Atualmente, existem mais de 35 NRs em vigor, cada uma com foco em um aspecto específico da relação entre trabalho e segurança. Elas cobrem temas como:
- Disposições gerais e gerenciamento de riscos (NR-1);
- Exames médicos e saúde ocupacional (NR-7);
- Agentes ambientais e condições de exposição (NR-9);
- Ergonomia e organização do trabalho (NR-17);
- Além de eletricidade, produtos químicos, maquinários, altura e muito mais.
Cada norma é atualizada periodicamente, de acordo com as necessidades do mercado de trabalho e os avanços da legislação. Estar em dia com essas diretrizes é fundamental para evitar autuações, reduzir riscos e construir um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
Por que é importante conhecer as principais NRs?
Mesmo empresas que contam com uma assessoria em SST precisam compreender, acompanhar, aplicar corretamente e conhecer quais as NR’s mais importantes. Isso porque o simples repasse da responsabilidade para terceiros não exime a empresa de responder legalmente por eventuais falhas.
O desconhecimento ou descuido com as exigências normativas pode resultar em uma série de consequências sérias, como:
- Multas e penalidades severas aplicadas por fiscais do trabalho;
- Aumento do número de acidentes e doenças ocupacionais, impactando diretamente a saúde dos colaboradores e os custos operacionais;
- Inconsistências no eSocial, que exige o envio exato e dentro dos prazos legais de informações sobre saúde e segurança dos trabalhadores;
- Comprometimento da reputação da empresa diante de clientes, parceiros e colaboradores;
- Passivos trabalhistas e ações judiciais, que podem se estender por anos e gerar prejuízos financeiros significativos.
Além disso, compreender as normas favorece decisões mais estratégicas na contratação de soluções, no planejamento de treinamentos e na adoção de tecnologias que otimizam processos e elevam o padrão de conformidade da empresa.
Ou seja, conhecer quais as NR’s mais importantes e aplicá-las é mais do que cumprir uma obrigação legal: é proteger a vida dos trabalhadores, reduzir riscos operacionais e garantir a sustentabilidade do negócio.
NR-1: o que é e como aplicar o GRO e o PGR na prática?
Entre quais as NR’s mais importantes, a NR-1 é a que mais se destaca. Ela é considerada a espinha dorsal das demais normas regulamentadoras, pois define as disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho.
Desde a sua atualização em 2020, ela passou a incorporar dois pilares fundamentais para a gestão de riscos: o GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) e o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos).
O objetivo da NR-1 é assegurar que toda empresa, independentemente do porte, identifique e trate os riscos ocupacionais com seriedade. Para isso, o PGR deve ser elaborado e mantido atualizado, e precisa conter:
- Inventário de riscos, identificando todos os perigos relacionados às atividades da empresa;
- Plano de ação com medidas preventivas e corretivas;
- Integração direta com outras normas, como a NR-9 (riscos ambientais) e a NR-7 (saúde ocupacional).
Outra atualização importante da NR-1 é a exigência de que os riscos psicossociais também sejam contemplados no PGR.
Essa mudança, com vigência obrigatória a partir de 26 de maio de 2025, obriga as empresas a identificarem e avaliarem fatores como estresse, assédio, sobrecarga de trabalho e outras condições que possam comprometer o bem-estar mental e emocional dos trabalhadores.
Ao cumprir a NR-1 corretamente, a empresa demonstra compromisso com a prevenção, melhora o ambiente de trabalho e reduz passivos legais e operacionais.
NR-7: exames ocupacionais obrigatórios e emissão do ASO
A NR-7 estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), instrumento indispensável para o monitoramento contínuo da saúde dos trabalhadores. Essa norma determina a obrigatoriedade da realização de diversos exames médicos ocupacionais, incluindo:
- Admissional (antes da contratação);
- Periódico (em intervalos regulares);
- De retorno ao trabalho (após afastamentos);
- De mudança de função (quando há alteração de riscos);
- Demissional (ao término do vínculo empregatício).
Cada exame deve gerar um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), documento que comprova a aptidão do colaborador para desempenhar suas funções com segurança. O PCMSO deve estar alinhado ao PGR, refletindo os riscos identificados na empresa.
Além disso, as informações de saúde ocupacional precisam ser corretamente enviadas ao eSocial, o que reforça a importância da organização documental e da automatização dos processos.
Ao seguir a NR-7, a empresa demonstra responsabilidade com o bem-estar dos colaboradores, além de garantir conformidade legal com exigências cada vez mais digitais.
NR-9: como avaliar e controlar riscos ambientais no trabalho?
A NR-9 é a norma responsável por regulamentar a avaliação e o controle dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho. Por muitos anos, ela sustentou o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), que foi substituído pelo PGR (da NR-1). Mesmo assim, a NR-9 continua essencial por sua abordagem detalhada sobre agentes físicos, químicos e biológicos.
As exigências da NR-9 incluem:
- Avaliação qualitativa e quantitativa dos agentes ambientais presentes nos locais de trabalho;
- Registro completo das condições de exposição dos trabalhadores;
- Planejamento de medidas técnicas, administrativas e coletivas de prevenção.
Essa norma complementa o que está previsto na NR-1 e na NR-7, compondo um tripé técnico indispensável para a gestão integrada de SST.
A aplicação correta da NR-9 reduz a exposição a riscos invisíveis e fortalece as ações preventivas da empresa, protegendo a saúde dos profissionais de forma mais eficaz.
NR-17: como aplicar a ergonomia para prevenir doenças ocupacionais?
A NR-17 trata da ergonomia nas organizações, ou seja, da adequação das condições de trabalho às características físicas e psicológicas dos colaboradores. Seu foco está na prevenção de problemas de saúde ocupacional relacionados ao esforço repetitivo, postura inadequada, ambiente inadequado ou ritmo excessivo de trabalho.
A norma orienta a empresa a realizar ajustes em:
- Postos de trabalho (cadeiras, bancadas, monitores);
- Mobiliário e ferramentas (altura, dimensões, adequação ao corpo);
- Condições ambientais como iluminação, temperatura e ruído;
- Organização da jornada e pausas, respeitando os limites fisiológicos.
Empresas que aplicam corretamente os princípios ergonômicos observam redução de afastamentos, aumento da produtividade e melhoria do clima organizacional.
Além disso, a ergonomia é um diferencial percebido pelos próprios colaboradores e pode representar vantagem competitiva no mercado.
Outras NRs que também merecem atenção no dia a dia
Além das normas mais conhecidas já citadas, outras NRs também exercem papel fundamental em diferentes tipos de atividades e não devem ser ignoradas por quem atua com saúde e segurança do trabalho.
A NR-6, por exemplo, trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), determinando quando e como eles devem ser fornecidos, utilizados e fiscalizados. Ela é especialmente importante para setores onde há contato direto com riscos físicos, químicos ou mecânicos.
Garantir que os EPIs estejam adequados, em bom estado e com uso corretamente registrado é parte essencial da rotina de muitas empresas.
A NR-10, que trata da segurança em instalações e serviços em eletricidade, é indispensável em qualquer empresa com atividades que envolvem circuitos elétricos. Ela exige treinamentos específicos, sinalização adequada e uma análise minuciosa dos riscos elétricos envolvidos nas atividades.
Outra norma relevante é a NR-12, que regula a segurança no trabalho com máquinas e equipamentos. Essa norma impacta diretamente a indústria e exige uma série de medidas preventivas para evitar acidentes, como enclausuramento de partes móveis, dispositivos de parada de emergência e manuais de operação acessíveis.
Em ambientes com risco de queda, a NR-35 se torna obrigatória. Voltada para trabalhos em altura (acima de 2 metros), ela define requisitos técnicos e administrativos, como a realização de treinamentos, uso correto de cintos de segurança e sistemas de ancoragem.
Esses são apenas alguns exemplos de normas que, mesmo não estando entre as mais citadas quando o assunto é quais as NR’s mais importantes, fazem toda a diferença na prevenção de acidentes e no cumprimento da legislação.
Como manter o cumprimento das NRs com tecnologia?
Cumprir todas as exigências legais das NRs é uma tarefa complexa, especialmente para empresas que ainda dependem de planilhas manuais, controles em papel ou sistemas desconectados. Nesse cenário, a tecnologia torna-se essencial para garantir conformidade, eficiência e tranquilidade jurídica.
Um software especializado em gestão de SST, como o da SSThub, oferece funcionalidades que vão muito além da digitalização básica. Ele permite que clínicas ocupacionais, assessorias em segurança e empresas com SESMT próprio atuem com mais precisão e previsibilidade:
- Automatização do controle de exames e ASOs, com notificações inteligentes sobre prazos e pendências;
- Geração de alertas personalizados para renovação de laudos, treinamentos e documentos obrigatórios;
- Integração nativa com o eSocial, facilitando o envio correto de eventos e evitando inconsistências que podem gerar autuações;
- Centralização de todos os documentos normativos, como PGR, PCMSO e ASOs, em um ambiente seguro e acessível;
- Redução de erros operacionais e retrabalho, com maior rastreabilidade e padronização dos processos.
Além disso, a tecnologia permite que os responsáveis por SST tenham uma visão analítica do cenário da empresa, identificando gargalos, otimizando recursos e priorizando ações com base em dados reais.
Com uma solução como a SSThub, é possível transformar a gestão de SST de uma obrigação burocrática para uma ferramenta estratégica, fortalecendo a cultura de segurança e prevenindo riscos com mais agilidade e controle.
Próximos passos na gestão das NRs
Agora que você já entendeu quais as NR’s mais importantes e como elas impactam a gestão da segurança do trabalho, é hora de transformar esse conhecimento em ação. Estar em conformidade com a legislação protege seus colaboradores, evita passivos e reforça a credibilidade da sua empresa.
Se você quer apoio para aprimorar sua gestão de SST com base nas normas, entre em contato com a nossa equipe e veja como a tecnologia pode simplificar esse processo no dia a dia.